
Enquadramento Histórico
O Primeiro Registo encontrado da casa data de 1752, sendo o ano 1829 o ano da construção da Capela Nossa Senhora das Neves, como parte integrante da Quinta de Agrêllo (escrito à época) até aos dias de hoje.
Esta quinta sempre actuou como polo agrícola (neste caso Casa Senhorial), proprietário e gestor de várias pequenas quintas, geridas por caseiros lavradores, com os respetivos Casais *
Arquitetura
Quanto à arquitetura, a Casa de Agrêllo evolui ao longo dos anos, a partir de Casa Rural do Minho (casa em granito à vista, encima de cortes do gado), crescendo gradualmente para Casa Rural “Afidalgada”, com acrescento do alpendre frontal em escadaria, o quinteiro (átrio da entrada) e mais tarde com a remodelação geral de 1962, onde foi aumentada no seu tamanho e estilo: com alvenaria pintada em Rosa Forte e Janelas Venezianas.
É considerada Casa Senhorial, por esta ter sido proprietária e gestora de várias quintas, às quais cobrava renda (Renda de Censo) aos Caseiros que habitavam em Casais (*núcleo agrícola servente à casa do senhor) que trabalhavam pequenas porções de terra em volta.
Família
A quinta pertence inicialmente (1752) a Luísa Bernarda e José Rebelo, onde aí vivem com 12 filhos, sendo a Capela erigida em 1829.
Desses 12 filhos ficou aqui a viver uma filha, Clara Quitéria Rebelo, que nunca casou ou filhou. Por essa razão a casa ficou fechada por 100 anos e arruinou-se (1860-1960. Nesse hiato de tempo, viveram nos anexos e casinha, lavradores que trabalhavam a terra em volta.
D. Palmira de Brito Carrilho adquire por herança de António José Rebelo (por via dos 12 filhos) e em 1962 faz uma grande remodelação da Casa de Agrêlo, onde passa a viver e a gerir as propriedades. Morre de acidente de viação em 1969 e Asdrúbal Carrilho, filho e herdeiro único, gere a quinta a partir de Lisboa até finais dos anos 90, faz uma reconstrução de fundo em 2002 dos anexos, jardins, casinha e piscina. Acaba os seus dias a morar nesta casa onde falece em 2022 com 83 anos.
O seu filho João Carrilho herda em partilhas a casa, onde continua agora o projeto do pai, dando uma nova vida ao espaço e tornando-o aberto ao público para Turismo de Habitação.